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PMDB dá um “pé na bunda” do PT

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Uma vez eleito presidente em 2002, Lula autorizou José Dirceu, o coordenador de sua campanha e futuro chefe da Casa Civil, a propor ao PMDB uma coligação com o PT para que governassem juntos.

Foi o que fez Dirceu, que há muito advogava a ideia caso Lula se elegesse. Roseana Sarney, filha de José Sarney, aceitou o convite para ser ministra. Outros nomes do PMDB aceitaram também.

Quando a parte do PMDB no ministério estava fechada, Lula chamou Dirceu e disse que preferia governar com partidos menores. Não confiava no PMDB. Não queria conferir-lhe tanta importância.

O mensalão é filho dessa decisão de Lula. Aí nasceu a “sofisticada organização criminosa” que remunerou deputados com dinheiro sujo para que eles votassem na Câmara como o governo mandava.

Ao se reeleger em 2006, Lula convidou o PMDB para entrar no governo. O mensalão dera lugar ao petrolão. Os partidos ganharam cargos e, por meio deles, passaram a se remunerar. Com a aprovação do alto, é claro.

Dilma valeu-se do PMDB para se eleger e se reeleger. Ao ser reeleita, ofereceu ao PMDB menos espaço no governo do que ele queria e passou a tratar mal o vice-presidente Michel Temer.

Roseana e DilmaPresente à reunião do PMDB que aprovou o rompimento do partido com o governo Dilma por aclamação, a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney afirmou nesta terça-feira, 29, que a sigla desembarcou na hora certa.

“Estou acompanhando o partido. Está no timing certo. Era uma questão só de decisão”, afirmou Roseana, que é membro do diretório nacional da sigla. A ex-governadora evitou fazer comentários mais detalhados sobre o governo Dilma.

Roseana e o pai, o ex-senador José Sarney, também do PMDB, usaram e abusaram tanto do governo Lula quanto do de Dilma. Se apoderam de ministérios, indicaram aliados para cargos federais de primeiro escalão dos governos petistas e ainda usufruíram do poder político junto ao Planalto para ganharem as eleições no estado. Locupletaram-se o quanto puderam das benesses do governo federal.

Em recompensa, Roseana, no momento mais delicado de Dilma e Lula,  apunhala os dois pelas costas. Pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão.

Sempre bom lembrar que foi no Maranhão que Dilma teve a maior votação proporcional do país. Importante dizer também que o governador do Maranhão, Flávio Dino, é o maior defensor do mandato dilmista. Entretanto, nada disso comove a presidente.

Dilma, na verdade, sempre atendeu aos caprichos de Sarney e seu grupo político, que se beneficiaram do seu governo com ministérios e cargos federais. Já Dino, o aliado incondicional, pouco conseguiu no governo da presidente.

Prova disso é que vai ser necessário o governador Flávio Dino entrar na Justiça para que o governo federal faça alguma benfeitoria no estado. Enquanto isso, muitos maranhenses continuarão correndo risco de vida em função da negligência de Dilma. Até quando?

Do blog da Silvia Tereza e John Cutrim, com adaptações.

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