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Por que intitulei o texto relembrando esta frase, sempre tão falada por nossos pais para nos alertar sobre as péssimas companhias, más influências e acima de tudo nos lembrar que quem anda com os ruins é pior que eles?

Voltemos a 2014, campanha eleitoral para presidente, governador, senador, deputados federais e estaduais e sabem para quem o ex-prefeito José Mário pediu votos? Eu refresco a memória de vocês, Dilma, Edinho Lobão, Gastão Vieira, ele próprio e ANDREA MURAD, opa! Isso mesmo! A Filha patricinha de Ricardo Murad, que nem sequer sabia que São João dos Patos existia, que nunca tinha posto os pés em nossa humilde cidade, que não tinha e nem tem nenhum serviço prestado em nossa região.

Tal apoio gerou muitas polêmicas e até debates na assembleia legislativa, em fevereiro deste ano o Deputado Rogério Cafeteira durante uma sessão, ameaçou expor, como a Deputada conseguiu apoio em São João dos Patos. “Não venha por esse caminho, até porque senão a gente vai ter que dizer até porque é que V. Ex.ª estava no palanque de São João dos Patos, não é? Como é que V. Ex.ª conseguiu seu apoio lá”. Sugerindo que a deputada teria comprado o apoio de José Mário.

Ex-prefeito Zé Mário e Andrea Murad em São João dos Patos  Foto: Antonio Luis
Foto: Antonio Luis

O então candidato a deputado federal José Mário chegou a exclamar em praça pública, em um palanque juntamente com o candidato do clã Sarney, que Flávio Dino poderia ganhar em qualquer cidade do Maranhão, menos em São João dos Patos, bom, Flavio Dino ganhou e o povo mostrou que não tem coleiras, como se pensava.

Mas o por que mesmo do título desta postagem? Leiam a reportagem do Jornal o Estado de São Paulo:

1430593610287Após quase 50 anos de domínio do clã Sarney no Maranhão, a “caixa-preta” do Estado começa a ser aberta por auditorias encomendadas pela atual gestão, que derrotou o grupo político da família do ex-presidente da República.

Levantamento da Secretaria de Transparência e Controle – criada pelo governador Flávio Dino (PC do B) – nas contas da Saúde aponta sobrepreço de 45% a 85% nos contratos durante a gestão de Roseana Sarney (PMDB), que deixou o governo em dezembro. Quem comandava a pasta da área era seu cunhado Ricardo Murad.

Documentos obtidos pelo Estado mostram o pagamento de R$ 10,95 por um copo de leite com biscoitos à empresa Litucera Engenharia e Limpeza, que doou R$ 200 mil para a deputada estadual Andrea Murad (PMDB), filha do ex-secretário.

Segundo o relatório parcial da auditoria, a Litucera era uma das 19 empresas contratadas sem licitação que aparecem em todas prestações de contas do sistema, o que, de acordo com os auditores, é indício de direcionamento das contratações.

Em Coroatá – cidade governada pela esposa do ex-secretário, Tereza Murad –, os auditores encontraram equipamentos de oftalmologia na casa de amigos dos contratados. Lá, a CM Clínica recebeu R$ 288 mil para atender a demanda de cardiologia de modo ininterrupto, sete dias por semana, mas a empresa esteve presente no hospital somente dois sábados de janeiro, por apenas três horas cada dia.

As auditorias recomendam o ressarcimento de pagamentos indevidos, responsabilização dos gestores responsáveis e encaminhamento dos relatórios ao Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público de Controladoria-Geral da União para tomada das medidas cabíveis.

Primeiro Cunhado. Considerado o homem forte da segunda passagem de Roseana pelo governo do Maranhão, entre 2009 e 2014, Murad é alvo da Justiça desde 2005, quando era gerente de Desenvolvimento de São Luís e foi acusado de formação de quadrilha e fraude em licitação na contratação de uma empresa de segurança e limpeza.

Um episódio rumoroso envolveu Murad e sua filha, a deputada Andrea Murad, na campanha de 2014. No dia 17 de setembro, ela fez um comício na cidade de São João dos Patos. No mesmo dia, segundo registros da Secretaria de Saúde, o pai usou um helicóptero locado pelo governo para transporte de pacientes em um pacote de R$ 15 milhões por ano para ir até a cidade. No dia seguinte, o helicóptero sofreu uma pane e fez um pouso de emergência numa fazenda em Presidente Dutra. Os órgãos de imprensa da família Sarney noticiaram que Andrea estava com o pai na aeronave. Ela nega enfaticamente a acusação, que virou motivo de debates na Assembleia Legislativa. Segundo registros, das 40 viagens feitas em setembro de 2014, 17 foram no trajeto São Luís-Coroatá, base política dos Murad.

Em janeiro o BNDES suspendeu os repasses para 27 obras de saúde no Maranhão. Nenhuma delas tinha aprovação da vigilância sanitária, entre outras irregularidades. Destas, 15 foram iniciadas entre abril e setembro de 2014, quando a disputa eleitoral já estava em curso. Algumas estão em fase final de execução, com mais de 80% dos serviços realizados. Ao todo, foram pagos até agora R$ 110 milhões nessas 27 obras. “Vamos readequar o perfil de atendimento desses hospitais de acordo com as orientações do SUS. Não sei explicar o motivo dessa opção. Pode ser incompetência técnica ou motivação política”, diz o atual secretário de Saúde, Marcos Pacheco.

A Secretaria de Transparência e Controle realizou uma auditoria específica no Hospital Carlos Macieira, o maior e mais importante do Maranhão, que leva o nome do pai de dona Marly – mulher de Sarney – e passou por uma série de reformas desde 2009 orçadas inicialmente em R$ 38 milhões, mas que até hoje, quatro contratos e muitas irregularidades depois, já consumiram R$ 158 milhões.

Com 174 leitos comuns e 48 de UTI, o hospital representou um avanço extraordinário no atendimento médico do Maranhão, mas apresenta falhas graves de projeto e construção.

Equipamentos caros, como um aparelho de hemodinâmica da marca Siemens, avaliado em R$ 2 milhões, estão parados em um almoxarifado.

O governo pagou R$ 180 mil pela instalação de cada um dos cinco elevadores, mas há mais de três anos apenas um funciona no prédio de cinco andares. A rede elétrica precária, com frequentes oscilações, coloca em risco aparelhos caríssimos.

Outro problema grave diz respeito ao encanamento. Malfeito, provoca inundações a cada chuva. A estação de tratamento de lixo hospitalar de última geração nunca funcionou. O lixo e esgoto são despejados em um manguezal. Há três anos, funcionários sem qualificação tentam consertar o sistema de esterilização ultravioleta e acabaram na ala oftalmológica com danos na vista.

Em um estado como nosso, precário no atendimento a saúde, vermos tantas irregularidades e tantos gastos exorbitantes e ainda termos que “implorar” por atendimento ao vizinho estado do Piauí é muita humilhação! Pior ainda é um ex-prefeito que se intitulava sertanejo como nós, pedir voto para uma quadrilha destas.

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