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Quantos votos para se eleger deputado estadual e federal no Maranhão?

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Aí vai depender…

O eleitor muitas vezes não entende por que um candidato bem votado não consegue uma vaga no Poder Legislativo, enquanto outro que tenha recebido menos votos, acaba eleito. Ou seja, neste caso é eleito o candidato que esteja no partido que recebeu o maior número de votos. Esse fato ocorre porque, nas casas legislativas (Câmara Federal, Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais), as vagas são distribuídas de acordo com a votação recebida por cada partido ou coligação.

Se analisarmos as eleições de 2014 por exemplo, o então candidato a deputado federal Trinchão (PSD) obteve 87.793 votos, sendo o sétimo mais votado e no entanto não ficou entre os 18 candidatos eleitos, então, não adianta o candidato ser bom de votos, se a coligação  não ajudar com um somatório relevante.

A escolha dos deputados, sejam estaduais ou federais, só é concretizada após a aplicação das fórmulas que regem o sistema proporcional de eleições, cujo cálculo se inicia com a obtenção do número total de votos válidos. Esse número é então dividido pelo número de vagas em disputa. Essa divisão é conhecida como Quociente Eleitoral, lembrando que são 18 vagas para deputado federal e 42 vagas para deputado estadual no Maranhão.

Em 2014 a deputada federal mais bem votada do Maranhão foi Eliziane Gama (PPS)  que obteve 133.575 votos, o candidato eleito com o menor número de votos foi Aluísio Mendes (PSDC), com 50.658 votos, tendo sete candidatos mais bem votados que ele,  eleito assim pelo quociente partidário.

Em 2014 o então ex-prefeito José Mario disputou a cadeira para deputado federal pelo PSDC, partido de Aluísio Mendes e obteve 15.162 votos, não ficando  entre os três suplentes.

A disputa para deputado estadual também mostrou a importância das coligações, das 42 vagas, 11 foram ocupadas através do QP, naquela eleição o campeão de votos foi Josimar do Maranhãozinho com 99.252 votos, Cabo Campos foi eleito com o menor número de votos, 19.298.

Enoque Mota conseguiu 15.772 votos naquela eleição, ocupando a terceira suplência.

Como observamos, para que os candidatos sejam eleitos é de grande importância que estabeleçam alianças. As coligações são responsáveis pelo recrutamento de votos e movimentação eleitoral. Essa aglutinação de forças permite que candidatos com menores eleitorados, ao apoiarem candidatos com maior intenção de voto, transfiram seus votos, na somatória final, possibilitando que no Quociente Partidário, se elejam mesmo não estando, no caso de deputados federais  entre os 18 mais votados e entre os 42 no caso dos deputados estaduais.

Mesmo com a somatória para deputado federal, Aluísio Mendes teve que obter mais de 50 mil votos, para se eleger através do QP, o que mostra o quanto é complicado para se lograr êxito neste processo, seus suplentes Ricardo Archer conseguiu 49.797 votos, Chico Coelho obteve 44.897  e  Pereirinha 38.744 votos.

Resumindo:

Para eleger deputados, partidos intensificam diálogo de olho nos votos dos aliados, assim muitas vezes votamos em um candidato para eleger outro, a chamada escada.

 

 

 

 

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