Já era aquele tempo em que os pais deixavam os filhos na escola sem se preocuparem com o que acontecia do outro lado do muro, hoje em nosso município, as drogas circundam por todos os cantos e nada é mais atrativo que as, crianças e jovens de uma escola, em fase de experimentos e novas descobertas, estes são potenciais clientes de traficantes, que veem ali uma oportunidade ímpar de crescer o seu comercio e aumentar seu lucro.
Enquanto do lado de fora o tráfico de drogas e os marginais envolvidos com roubos e homicídios pressionam para entrar – e não raro encontram brechas -, do lado de dentro alunos e professores são agentes e vítimas de agressão física e verbal.
Analisem, um aluno que já se encontra no vício, estuda em uma determinada escola, este servirá perfeitamente de porta de entrada para a maconha, cola de sapateiro, loló, cocaína, craque, entre outras drogas, acreditem, isso já acontece em várias escolas de nossa cidade, o traficante tem ali uma parceria perfeita, este agente servirá para divulgar os seus “produtos” e atrair mais clientes, alunos entre 12 e 16 anos passam a ser alvos fáceis e tudo dentro da escola, às barbas da administração pública, do poder judiciário e da sociedade.
De repente um se torna dois, dois transformam-se em seis, que atraem mais dez, que dobram para vinte, transformando-se em uma bola de neve, que vai crescendo, crescendo, crescendo…
Não divulgarei nomes, mas, esta semana um aluno foi assaltado em frente a sua escola e ainda esbofeteado, roubaram o seu celular e ainda o ameaçaram, os pais assustados não prestaram queixa na delegacia, pois, sabem que os meliantes depois estariam livres e podem inclusive matar seu filho, o garoto preferiu perder o celular e resguardar a vida.
Alguns acreditam que a solução seja o isolamento do mundo exterior com grades reforçadas e portões cada vez mais altos, cadeados e câmeras de vídeo. Essas barreiras, embora deem a sensação de segurança, não resolvem o problema. Ao contrário, deixam a instituição ainda mais acuada, com professores amedrontados e gestores intimidados.
Busquemos a solução, pais, professores, gestores, alunos, sociedade, poder judiciário, ministério público, empresários, políticos, lavradores, enfim, todos que direta e indiretamente estão envolvidos nesta questão, pois acreditem as consequências, serão graves e respingarão em todos nós, pobres, ricos, negros, brancos, amarelos, índios, crianças, jovens, idosos, intelectuais, analfabetos, todos sem exceção, colherão esses malditos frutos que hoje se semeiam nas fecundas terras, bem adubadas, chamadas escolas.