Uma professora da rede estadual de ensino do Maranhão denunciou nesta semana a existência de esquema de rachadinha em Bom Jesus das Selvas.
Em representação ao Ministério Público em Buriticupu e numa ocorrência registrada na Delegacia Regional de Açailândia, Antonia Alves Feitosa narra que tinha que devolver parte do salário à diretora adjunta do Centro de Ensino Luiz Sabry Azar, Agna Melo, e ao diretor, Luiz Teixeira Neto.
Segundo a denunciante, que é seletivada da rede estadual, ela foi chamada para aderir ao chamado Contrato Especial de Trabalho (CET), por meio do qual é permitido a um professor já em atividade dobrar sua carga horária, com o respectivo aumento da remuneração.
No caso dela, o valor a mais era de R$ 2,5 mil.
Antonia Feitosa relata, contudo, que, apesar da “dobra”, a ela não foram indicadas mais disciplinas para lecionar. Mas foi feito um pedido: que ela devolvesse, todos os meses, R$ 1 mil. Nem férias e 13º eram dispensados, de acordo com o relato ao MP.
A professora diz que fez os devidos repasses de maio a dezembro do ano passado. Ela entregou ao MP cópias de transferências bancárias e prints de conversas com os dois a quem acusa.
Outro lado
Procurado pelo Blog do Gilberto Léda, Luiz Teixeira Neto disse que ainda não foi notificado dessa acusação e que está ainda tentando se “inteirar dos fatos” antes de se pronunciar.
“Tão logo sejamos informados, iremos no pronunciar”, afirmou.
Agna Melo também ressaltou que ainda aguarda notificação, mas declarou que “a Justiça irá apurar os fatos”.
“Nem sei dizer se essas denúncias têm fundamentos. Vamos aguardar. A Justiça é para todos. Existem acusações e defesas”, completou.