Dados referentes à última eleição indicam que, para a Câmara municipal, o nome contou, e muito, para desequilibrar a disputa. Dos 11 vereadores eleitos, apenas 01 nunca esteve sentando na cadeira do legislativo patoense. Em 2024, 08 vereadores foram reeleitos – um aumento de 26% em relação aos eleitos em 2020.
Com uma eleição tranquila para prefeito, a disputa para vaga de vereador também se mostrou tépida, com a eleição de nove vereadores da situação, destes, 08 reeleitos e Adelson que era suplente e esteve na cadeira a maior parte do quadriênio 2021/2024.
A oposição elegeu dois vereadores, Ana Paula Pavan (MDB) retornará a casa do povo e Evangelista Brasil (MDB) debutará no legislativo a partir de janeiro, este o único vereador eleito que ainda não ocupou o cargo. Brasil veio para a sua terceira disputa (2016, 2020 e 2024) e nesta alcançou êxito com 558 votos.
Pedro Neto (SD) apesar da boa votação (1.748 votos), somou o total de 270 votos na legenda para vereador, bem distante do quociente eleitoral.
O quociente eleitoral em 2024 foi de 1.382 votos, Thuany Costa com 2.046 votos foi a única candidata a alcançar (com sobras) o quociente, fato inédito na política patoense.
Em 2024, tivemos uma concentração maior de votos em determinados grupos de candidatos, basta observarmos que os quatro primeiros colocados somaram mais de 5 mil votos, seguidos de três vereadores que somaram quase 3 mil votos. Na composição da câmara, o partido Avante obteve 07 cadeiras, o MDB conseguiu 02 cadeiras, o União Brasil alcançou 01 cadeira e o PCdoB garantiu 01 cadeira.
Estes dados mostram o quão difícil é para um novo nome ingressar na câmara de vereadores em nossa cidade. Vejamos alguns fatores que contaram a favor das candidaturas de políticos influentes: a enorme aprovação da gestão do atual prefeito impulsionou a candidatura de vereadores aliados, o fato de o nome ser mais facilmente lembrado pelos eleitores, acesso a financiamento para a campanha e o controle da máquina partidária nos redutos eleitorais, com a mobilização de cabos eleitorais e da militância.
Avaliamos que esta foi uma eleição atípica, sem uma disputa considerável para o executivo, o que levou a menos movimentos políticos, menos debates e um direcionamento a nomes já tradicionais e consolidados para o legislativo, nessa linha os partidos tentem a investir em pessoas com mandato ou em quem tem força, e quem tem força são os políticos mais tradicionais, quem pode se autofinanciar, sem esquecer também, que o clientelismo reforça a manutenção dos políticos renomeados no poder.