Quando os candidatos participam de uma eleição, dizem enfaticamente desejar o melhor para o povo, primando sobretudo, por seu desenvolvimento o que consequentemente reflete em uma melhor qualidade de vida para todos.
Quando estes estão no palanque, são amigos, são parceiros, se abraçam e juram serem leais e companheiros durante os quatro anos que virão pela frente, isso ocorre principalmente quando um prefeito está deixando a cadeira e procura eleger o seu sucessor, isso aconteceu com José Mário e Waldênio.
Durante toda a campanha eleitoral de 2012, José Mário assegurou ao povo patoense, que se Waldênio fosse eleito, este o acompanharia e o guiaria durante todo o seu mandato, garantindo várias vezes encima do palanque, que Waldênio era a melhor opção para a cidade, que ele teria total capacidade e competência para governar e administrar o município e que o mesmo ensinaria tudo ao então candidato, para que este realizasse um governo melhor inclusive que o seu.
Não se passou um ano, os dois já tinham rompido a aliança e todas aquelas lindas promessas de campanha foram para o lixo, palavras jogadas ao vento, tudo que foi dito ao povo, já não tinha mais valor algum e como num passe de mágica, o padrinho e professor, virou oposição e principal crítico ao governo do aluno e pupilo, mas, por quê? O que teria acontecido?
Essa resposta, vou ficar lhes devendo, afinal, não sabemos que acordo eles fizeram, que tipo de barganha foi acertada entre ambos e de repente não foi cumprida.
O que posso afirmar é que Waldênio passa por uma experiência que José Mário, não passou, que é o fato de ter oposição. José Mário não teve esse desprazer.
Nesta corrente oposicionista, de repente vereadores que eram inertes e de nada reclamavam, passaram a apontar vários problemas, apresentando pseudo-cobranças, que são inerentes não somente a esse governo, mas, questões que já vêm se arrastando a décadas, como o problema do lixo e saneamento básico.
Torna-se cômodo para oposição, posar de atuante, apresentando “propostas milagrosas” e proclamar que a situação da cidade está assim ou assado por culpa do atual gestor é simplesmente um pretexto para “ganhar o povo”, mas o que querem realmente é se aparecer como “salvadores da pátria” para num futuro estar no lugar dos que agora estão sendo criticados.
Querendo ou não, os dois primeiros anos do governo Waldênio (2013-2014), não é pior que os dois primeiros anos do governo José Mário (2005-2006), que não caiu nas graças do povo em seu primeiro mandato, se reelegendo com apenas 28 votos de vantagem para seu adversário, não tendo nenhuma obra significativa naquele período, além dos famosos regos, que foram alvos de piadas e críticas na campanha eleitoral de 2008.
Os anos e as eleições passam, mas alguns costumes infelizmente permanecem os mesmos. A política do quanto pior, melhor, por exemplo, ainda continua enraizada em muitos políticos.
Sejam os correligionários da chamada situação, quanto os da oposição, têm que se comportar de forma responsável e não meramente populista, sem querer em troca de seu apoio, empreguinhos e favores para seus familiares ou amigos. Parece aquela brincadeira de criança: “se você não me der isto ou aquilo, não brinco mais”. Políticos que durante a campanha sobem no mesmo palanque, mas, que depois não tem seus pedidos atendidos e não obtém vantagens pessoais, abandona o governo e passa a ser oposição. Isto é ser ético? E chega mesmo a brincar com a cara do povo, que acaba sendo o palhaço dentro do sistema podre, que insiste querer imperar pelas caras deslavadas daqueles que maquinam o mal, visando exclusivamente seus benefícios pessoais.
Confesso que há muito tempo eu também pensava assim. Quando alguém dizia que ia votar em “fulano” ou “beltrano” do partido X ou Y que não coincidia com a minha ideologia, e venciam as eleições sempre dizia: “bem feito, eu disse, agora eu quero é ver o circo pegar fogo – quanto pior, melhor”! Pensamento totalmente ignorante que já o abandonei faz tempo!