Sem dúvida nenhuma, um dos grupos de WhatsApp mais comentados da cidade e do estado é o grupo “A Voz do Povo”, sempre com debates que repercutem em todos meios de comunicação e no dia a dia da comunidade. Formado por políticos, professores, comunicadores, artistas, formadores de opinião de várias áreas, o grupo é o caldeirão de opiniões divergentes, por isso está sempre movimentado e por isso repercute de forma tão poderosa.
Recentemente, no grupo A Voz do Povo, um membro chamado Lucas Santana questionou o trabalho da justiça em São João dos Patos, no estado e no país, chegou a afirmar que a justiça é por encomenda, que a justiça aqui já teria abafado uma denúncia realizada por ele, que há muita injustiça na justiça entre outras colocações graves, chegou a relatar que a justiça tem falcatruas no topo imagine nas primeiras instâncias.
O fato é grave porque o Lucas realizou tais acusações em um grupo de enorme abrangência, onde temos, advogados, deputados ´estaduais, federais, prefeitos, estudantes, empresários, ou seja, o mesmo colocou em dúvida a honestidade não só uma instituição, mas também dos seus servidores, do Juiz da Comarca, do Promotor de Justiça, todo um sistema idôneo e imparcial que zela pelos direitos do cidadão, ele tentou jogar na lama a reputação de profissionais que são responsáveis pela condução do judiciário municipal.
As indagações de Lucas foram motivadas pelo fato do mesmo ter impetrado uma ação contra a Prefeita de Sucupira do Riachão, Gilzania Ribeiro Azevedo, onde o mesmo acusava a gestora de fraudes,alegando ter apresentado provas irrefutáveis, mas, que não deu em nada.
O fato é que Lucas Santana, era servidor municipal em Sucupira do Riachão, termo judiciário de São João dos Patos e foi demitido através do processo administrativo disciplinar (Processo n.º 001/2015), que concluiu por sua demissão, motivada por “inassiduidade habitual no serviço público” . Após a demissão Lucas passou a atacar a prefeita no site Tribuna do Maranhão, os ataques eram denúncias de fraudes, de forma ostensiva e desrespeitosa, expostas em período eleitoral, tendo a justiça após analisar as matérias criadas e assinadas por Lucas determinado que este as excluíssem, bem como se abstivesse de publicar, expressões injuriosas, caluniosas e difamatórias em face da prefeita; sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais), limitada a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) em caso de descumprimento.
Lucas acha que a decisão foi injusta e por isso sempre pode ataca a justiça, de forma incisiva e dura, chegando a declarar nas conversas que se um dia procurar a justiça, não seria aqui em São João dos Patos.
Não satisfeito com estas declarações polêmicas, Lucas ainda atirou para a administração do ex-prefeito Waldênio, acusando-o de fraudar o concurso público realizado em 2014, o mesmo foi categórico ao afirma que tinha provas do que ele afirmava, mas, que não iria denunciar, que tinha informações mas não diria nada e que o Ministério Público que denuncie.
Acusações sérias que podem levar o ex-prefeito a uma improbidade administrativa ou até mesmo a cadeia, se for provado de fato a suposta fraude, complicada a situação do Ministério Público que foi desafiado pelo polêmico acusador.
Como servidor da justiça não posso me omitir a estes ataques do cidadão Lucas Santana, conheço cada servidor da nossa Comarca, sei da dedicação e do compromisso de cada um, são homens e mulheres honestos e idôneos, de conduta ilibada e transparente, o único interesse de todos é servir bem a população e cumprir o nosso trabalho da melhor forma possível, temos um juiz competente, capaz e acima de tudo “humano”, que não se abstém dos seus deveres e de suas obrigações e nunca fechou as portas a população patoense, um profissional multidisciplinar, mas, que também olha os problemas da população com um olhar humano, não apenas como papel e acima de tudo é um homem justo, íntegro e imparcial.
A crítica é válida, é um direito do cidadão mas há limites para elas, não se coloca a reputação de uma instituição séria como Tribunal de Justiça na lama, sem argumentos plausíveis, apenas por uma revolta particular e infantil, uma birra, por que o desejo de vingança não foi saciado, creio que esse ato impensado terá consequências e creio que este rapaz deverá responder pelas suas declarações.