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Exposição sobre Dona Noca emociona, instrui e nos remete a história de São João dos Patos

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Como parte das comemorações pelos 130 anos do nascimento de Joanna da Rocha Santos, a “D. Noca”, a Fundação Educacional e Assistencial Paulo VI, em parceria com a prefeitura municipal, agracia a população patoense com uma exposição aberta ao público que retrata várias fases da personalidade mais ilustre de São João dos Patos.

Fotos e objetos de D. Noca que nos remete a uma viagem no tempo e faz com que aflore os mais diversos sentimentos, como o orgulho por D. Noca ser patoense, uma mulher muito a frente de seu tempo, pela representatividade e marco importante da presença feminina na história do Brasil, não se trata de uma exposição que homenageia a mulher, mas sobretudo o feminino, que extrapola a questão do gênero.

É o ser político, que abriu estradas, construiu escola, deu possibilidade do pobre ter acesso a educação, a oportunidade de ingressar em um curso técnico e através deste ter uma profissão, que em 1950 já falava no analfabetismo como problema a ser combatido no sertão, uma mulher que conviveu com Raquel de Queiroz, um vasto leque cultural e intelectual, uma empresária que já via no agro um potente pilar da economia, a prefeita que instaurou no município a rede elétrica com uma máquina vinda da Inglaterra, a cidadã que comprou um dos primeiros automóveis do país, que era matéria em vários jornais do país, principalmente do Rio de Janeiro, com a fama de ser dura, mas que escutava e aconselhava quem a procurava, que custeava o estudo de jovens em outros centros, aquela que liderou um movimento no Maranhão, com 12 mil homens,  por fim, narrativas não faltam sobre a cidadã, a política, a empresária, a mulher Joanna da Rocha Santos, seriam necessárias páginas e mais páginas para retratar quem foi, quem é D. Noca, 130 anos depois, a figura pública se perpetua, talvez ainda não da forma merecida.

Quis Deus que ela nascesse aqui, numa cidadezinha do sertão maranhense, para nossa sorte e para nosso brio, se fosse ela paulistana, carioca, belo-horizontina estaria nos livros de história, numa praça, através de uma estátua, nos nomes de escolas, bairros, ruas, prédios, estariam eles vaidosos,  com uma força feminina inspiradora presente em toda história do município, que se tornou uma lenda a nível nacional.

Fica a dica para vocês, visitem a exposição de D. Noca, sintam a força, a coragem, o protagonismo e a simplicidade da mulher, empresária, política, personalidade, nas telas e objetos da exposição, que não é só hierárquico, mas também é agregador e reverbera num ato contínuo. Foi assim que enxerguei a exposição e o potencial inspirador que as histórias de vida dela tem.

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