A eleição para vereador em 2020 será diferente das anteriores. Várias mudanças nas regras eleitorais entrarão em vigor e é preciso estar atualizado para adequar as estratégias de comunicação política a elas. A minirreforma de 2017 alterou a Lei das Eleições e o Código Eleitoral. As mudanças aconteceram com o objetivo de garantir ao processo eleitoral uma disputa mais justa e equânime entre os concorrentes.
As principais alterações para as eleições de 2020 foram:
- O fim das coligações proporcionais;
- A ampliação do número de candidatos que cada partido poderá lançar;
- A criação do fundo especial de financiamento de campanha;
- Redução do tempo de domicílio eleitoral;
Mais sem dúvidas a grande novidade das eleições municipais do ano que vem, é o fim das coligações partidárias para a eleição de vereadores que em tese deve exigir, uma identificação ainda mais consistente dos partidos políticos e candidatos durante a campanha.
Na prática, a medida visa evitar que um partido transfira votos para candidatos de outras legendas que não obtiveram votação expressiva apenas por estarem coligados. No entanto, esta “transferência” de votos segue sendo permitida entre candidatos do mesmo partido, o que, na opinião de especialistas, pode fazer com que lideranças partidárias invistam ainda mais nas campanhas dos famosos “puxadores” de votos.
Vale lembrar que nada muda com relação às coligações para as eleições majoritárias, no caso de 2020, na corrida pela Prefeitura.
Caso a nova regra eleitoral em vigor a partir de 2017 já estivesse valendo para as eleições municipais de 2016, naturalmente o resultado das eleições para a Câmara Municipal em São João dos Patos teria sido um pouco diferente.
Como era: os votos de todos candidatos e legendas da coligação eram somados conjuntamente. De modo que são as coligações, e não os partidos individualmente, que conquistam vagas no Legislativo.
Como ficou: com a reforma política, os partidos não mais poderão se coligar em eleições proporcionais. Isso não significa que o sistema proporcional deixará de existir, mas apenas que os partidos concorrerão em chapas separadas, sem alianças. Ou seja, contarão apenas com seus próprios votos.
Talvez um puxador de votos para algum partido seja importante, eles vão fazer de tudo para trazer alguém que consiga cristalizar uma proporção de votos razoável para o partido. O partido está sozinho, então o ideal seria a sigla fazer uma chapa com nomes muito bons para convencer o eleitor a votar no partido.
A tendência é que haja uma enorme quantidade de migrações entre partidos e que se diminua o número de legendas em 2020, em São João dos Patos, se observarmos hoje os 11 vereadores que ocupam atualmente as cadeiras da Câmara,veremos que suas filiações se dividem em nove partidos diferentes, PDT, PSL, PRB, PROS, PSC, PPS (Cidadania), PSD, PP e MDB, isso dificilmente ocorrerá em 2020, muito possivelmente os candidatos buscarão se unir em um único bloco partidário, provavelmente muitos buscaram a legenda do candidato a prefeito,
Outro fator que também pode ocorrer é que se tenha mais candidatos em uma determinada legenda, por exemplo, em 2016 Agmar se lançou sozinho pelo PP, Raimundo Filho pelo PRB, Fernandinho pelo PSC. Isso dificilmente ocorrerá em 2020, então espera-se que lideres de partidos fortaleça sua legenda e que aumente o número de candidatos dentro do seu bloco, para que se some votos e no final se elejam o máximo possível dentro de cada partido.
É um jogo, com estratégias e é importante que se conheça as regras para que se saia vitorioso no final, aguardemos as futuras jogadas.