Inicialmente devemos salientar que a Escola Municipal Eurico Santos, localizada no bairro Olaria, se destaca entre as demais instituições de ensino e é referência em educação não só em São João dos Patos, mas, em toda região, porém, nem sempre foi desta forma. Por ser de um bairro humilde, a escola tinha poucos alunos, era considerada problemática, com adversidades sociais, preconcecitos e por ser distante do centro, era considerada pouco atrativa para professores e alunos.
Então como uma escola com tantos problemas e adversidades se tornou referência em aprendizagem ? A resposta é simples, tal mudança se deu a partir da gestão da Senhora Maria Doraci, no período em que ela esteve a frente do Colégio, esta conseguiu motivar a participação dos país e moradores da comunidade, conseguiu desenvolver um trabalho de comprometimento junto aos professores, se destacando com um gestão segura, de organização, superando dos problemas sociais, desenvolvendo vários projetos, melhorando o ambiente físico e melhorando consideravelmente o aproveitamento dos alunos.
O trabalho de Maria Doraci é reconhecido por toda comunidade, pelos colegas professores e acima de tudo pelos alunos e é inegável que tal evolução se deve em grande parte a parceria da ex-gestora com o saudoso Vereador João Evangelista, que por ser do bairro, conhecer bem a realidade local, deu apoio a educadora, ajudando a alavancar os índices da escola, tornando-a o que hoje.
Tais feitos e conquistas com certeza deveriam fazer parte da história da escola, com acervos que demonstram as referidas transformações, como fotos de projetos, documentos, etc…
Deveriam… mas, segundo as filhas de João Evangelista, estas memórias foram jogadas fora pela atual direção da escola, sem nenhum respeito a quem tanto fez por aquela instituição, gerando revolta e indignação nas descendentes do vereador e em seus familiares, que decidiram se manifestar através das redes sociais, mas especificamente em suas paginas do facebook:
Mas por que a escola jogaria fora registros, documentos, materiais, da gestão anterior e do patrono da escola?
A motivação seria política, afinal, o líder político esposo da atual prefeita perguntou durante as campanhas eleitorais em um palanque, quem queria o fim da ex-secretária de educação Maria Doraci?, em um gesto de ódio e perseguição a mesma, então é de se supor que a ordem para “limparem” a escola das lembranças e registros da ex-gestora e do saudoso ex-vereador pode ter vindo de um patamar superior.
O fato é que tais acontecimentos causaram indignação na população patoense, que em pleno século 21, vê abismada essas situações bizarras, motivadas pela politicagem do coronelismo e da falta de bom senso, tais gestos refletem não só ausência de profissionalismo, mas, reproduz também a inexistência da solidariedade humana, afinal, são recordações importantes para a família, amigos, admiradores, que tinham o direito a posse desse acervo, o que jogaram no lixo não foram papéis, mas, parte da biografia de um político, pai de família, avô e cidadão.
Quanto ao trabalho de Maria Doraci, esse ninguém poderá apagar, queimar ou joga no lixo, porque há fatos que não desaparecem com o rasgar ou queimar de papéis, estes estão inseridos na memória e no reconhecimento da população, isso não se compra, não se aluga, não há como substituir, com o passar do tempo podem até aparecer profissionais que farão um trabalho semelhante, mas, que revolucionou e mudou o curso da escola será sempre a Maria Doraci.