Cerimônia de assinatura de atos marcou a entrada do estado na rota dos investidores internacionais
Durante o encerramento do Seminário Empresarial Brasil-China, realizado no sábado (2), na capital chinesa Pequim, o Maranhão entrou para a história. Dentre os onze documentos assinados nos últimos dias, o estado maranhense foi o único contemplado entre todas as federações brasileiras. Os demais documentos dizem respeito a incentivos a iniciativas privadas e demais setores de desenvolvimento em nosso país.
O Seminário Empresarial Brasil-China foi promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A assinatura dos atos celebrados durante o evento aconteceu na presença de empresários e autoridades chinesas, deputados e ministros brasileiros – incluindo o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes –, além de ter sido avalizado pelo presidente Michel Temer, que discursou após a cerimônia.
O vice-governador Carlos Brandão, que representou o Governo do Maranhão neste importante evento, acompanhado do secretário de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo, foi quem assinou os documentos relativos ao Maranhão e reiterou o compromisso do Estado com a empresa a CBSteel, do ramo da siderurgia.
Na prática, após dois anos de tratativas, acordos e compromissos, o Maranhão alcança o seu ponto alto nas negociações. Isso significa que quando a comitiva retornar ao solo maranhense, será possível criar um lei geral que congregará todos os documentos já assinados entre a CBSteel e o Governo do Maranhão, a fim de que o parque siderúrgico seja implantado no Maranhão.
Para o vice-governador Carlos Brandão, o momento atual é substancialmente diferente do que ocorreu no passado. “Transformaremos em lei o que já assinamos para dar segurança jurídica aos empresários que irão se instalar no Maranhão, neste caso, a CBSteel, que fará um investimento de cinco bilhões de dólares em nosso estado, para que ele possa se tornar um lugar de mais oportunidades”, informou o vice-governador.
Centro de comercialização e de distribuição
Dando continuidade ao diálogo iniciado ainda no Maranhão, representantes da XCMG, empresa chinesa que produz maquinário pesado, estiveram reunidos com a comitiva maranhense durante o evento em Pequim. A agenda celebrou a oportunidade de parceria que abre para o Maranhão uma nova porta para confirmar o seu processo de industrialização.
A XCMG é uma empresa de produção de máquinas e equipamentos e através da intenção dela de montar um centro de distribuição e depois uma unidade fabril, uma nova luz se acende para o mercado interno brasileiro, apontando o Maranhão como um local propício a receber investimentos fabris com capacidade de transformar para melhor a economia regional e a qualidade de vida da população maranhense.
“A XCMG tem desenvolvido alta tecnologia junto com o governo chinês. Isso nós pretendemos fazer no Brasil, dedicando cada vez mais esforços para incrementar a infraestrutura brasileira. Lembro-me do episódio de quando o vice-governador subiu em uma de nossas máquinas para estudar o seu funcionamento e conforto, em julho passado. Naquele momento, eu senti, além da surpresa de ter visto pela primeira vez uma autoridade política se interessar profundamente sobre questões práticas e essenciais, que ele levou uma imagem diferente da política que está construindo para o seu estado e país”, elogiou o diretor comercial da XCMG no Brasil, Ren Huajie, responsável por todas as tratativas da chegada da XCMG ao Maranhão.
Após a criação do polo de comercialização e de distribuição de peças e de equipamentos, o próximo passo deve ser o de transformá-lo em unidade central que atenda às demandas do Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste também nos campos de manutenção e de treinamento de pessoal técnico especializado.
“É um grande avanço. Até hoje, as empresas decidem instalar seus centros de distribuição e de comercialização nos estados de Pernambuco ou na Bahia, principalmente. Através dessas ações, do diálogo do Governo do Maranhão com o empresariado, é possível fazer com ele opte por investir também no Maranhão. No porte da XCMG, não existe outra empresa instalada em nosso mercado. Naturalmente, após a sua chegada, demais empresas vinculadas ao setor produtivo, tanto nacionais quanto internacionais, deverão se sentir incentivadas e terão a segurança que precisam para fazer o mesmo movimento”, afirmou o secretário de Programas Especiais, Pierre Januário.
Fonte: Vice-Governadoria
Texto: Aline Cristina
Fotos: Aline Cristina