Na última segunda-feira(22) ocorreu a eleição para a escolha do novo presidente da câmara dos vereadores de São João dos Patos(MA), oportunidade em que foi eleito o vereador João Evangelista (PMDB) juntamente com a sua chapa formada pelos vereadores Adelson Araujo de Sousa (PDT) como vice presidente, José Wlisses Bezerra Lima (PTB) como primeiro secretario e Agmar Mundim de Sousa Filho (PP) como segundo secretario, a chapa derrotada tinha Jardel Miranda (Solidariedade), Dedé Paulista (PMDB) e Marcio do Kizoeira (PMDB).
Prestaram atenção nas chapas? João Evangelista e Agmar Mundim unidos a Adelson e José Wlisses? Ora, estes até então não eram de lados opostos, dois da situação e dois oposição? Dedé Paulista e Marcio ambos do PMDB em oposição a João Evangelista também do PMDB. O resultado da votação foi 5 a 3, com um vereador votando em branco, sendo contabilizado então 6 votos contra 3, o que nos remete a lógica que outros dois vereadores (Raimundo Filho e Cidielson) teoricamente da oposição, deixaram de votar na chapa oposicionista, tendo o vereador Raimundo Nolêto não comparecido a sessão, sendo contabilizado um voto em branco (provavelmente do vereador Cidielson).
Como explicar a situação apresentada acima? Simples, não há explicação ou pelo menos não há uma coerência para tal enredo, afinal, há dois meses atrás, haviam pelo menos, 6 candidatos a presidência da câmara e nenhuma definição do que aconteceria na sessão da última segunda. O que fica latente e bem explícito é que não há hoje na câmara, fidelidade partidária e o que se ver é uma rachadura no PMDB, partido do atual prefeito, que se dividiu nos dois pólos eleitorais, tendo os vereadores Dedé Paulista (PMDB) e Marcio José (PMDB) na chapa opositora e a ainda o vereador Francisco James, o “magrão” (PMDB) até então aliado a situação.
Outra circunstância observada no desfecho desta novela, é que nos bastidores da eleição para a presidência da câmara, prevaleceu a influência do atual prefeito, que entre outras coisas, nomeou a esposa do vereador Agmar Mundim (até então candidato a presidência da câmara), diretora do hospital municipal.
Mais nada chamou mais a atenção de todos, do que a fala do vereador Jardel Miranda (SOLIDARIEDADE), candidato pela chapa da oposição, quando este fez o uso da Tribuna e em uma declaração polêmica disse: “Não sou mercadoria para me vender”, dando a entender que os vereadores da oposição votaram na chapa vencedora por interesses pessoais ou em troca que favorecimentos, advindos do atual prefeito ou do futuro presidente da câmara.