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Em 2016 na disputa pela Prefeitura de São João dos Patos, o ex-prefeito da cidade Zé Mário utilizou uma estratégia antiga e bastante conhecida para “burlar” a Lei da Ficha Suja. Zé Mário, que atualmente  está filiado junto ao PDT, chegou a registrar sua candidatura à Prefeitura de São João dos Patos, levou a campanha até a data limite para uma substituição,  mas, com a certeza que seria enquadrado na Lei da Ficha Suja, por ter contas de sua gestão reprovadas, o pedetista renunciou a disputa.

Zé Mário tinha consciência que não levaria a campanha até o seu final, sabia que sua candidatura era hipotética, mas, não poderia dizer isso aos seus eleitores, o nome do ex-prefeito era forte e tinha bastante aceitação junto aos seus eleitores, este também não queria mais apoiar um nome que pudesse se rebelar, como ocorreu com o ex-prefeito Waldênio, então uma forma simples do mesmo se manter no poder, seria eleger alguém que ocupasse a cadeira do executivo, mas, de forma também fictícia, um ou uma laranja, alguém que ele confiasse cegamente, a esposa ou os filhos seriam o ideal.

A estratégia foi simples, o mesmo registrou a esposa e os filhos na coligação, como se os mesmos fossem concorrer a vereadores, Zé Mário levou a campanha até  o último dia permitido para a substituição, garantindo ser candidato e arrebanhado os eleitores, restando cerca de 17 dias para eleição, o mesmo escolheu a esposa para para substituí-lo, porém, a conduta do mesmo seguiu como pseudocandidato, sempre na linha de frente, as fotos da campanha seguia com sua imagem, os discursos eram realizados pelo mesmo, as músicas da campanha citavam seu nome, etc.

Como podemos observar a Sra. Gilvana se registrou na coligação como Gilvana Souza, mais tarde tendo adotado Gilvana do Zé Mário, com intuito claro de manter o nome do marido em evidência, isso ocorreu durante toda campanha.

Vale ressaltar que a Sra. Gilvana nunca pediu voto para vereadora, não há cartazes, nem músicas de campanha da mesma como candidata a vereadora, a mesma nunca utilizou o palanque como candidata a vereadora,  o que caracteriza que nunca houve a intenção desta concorrer a este cargo, o intuito era simplesmente substituir o marido quando este caísse fora, não por vontade, mas, por impedimento da justiça eleitoral.

Da mesma forma Leandro, filho do ex-prefeito Zé Mário, registrado como Leandro Zezin, compôs a coligação de forma fictícia, sendo um eventual reserva do pai,  caso a mãe não aceitasse o encargo determinado pelo pai , este seria uma opção para a eventual substituição do mesmo.

Essa intenção ficou explicita também pelo fato deste não realizar campanha e nem pedir votos para vereador, tendo o mesmo obtido 2 votos.

Sanny Mara era também outra opção para uma eventual substituição, caso sua mãe, recuasse do encargo imposto por seu pai, seu nome foi várias vezes cogitado como possível herdeira da candidatura, já que Gilvana se mostrou várias vezes relutante em aceitar o sacrifício.

Sua candidatura a função de vereadora  também foi um enorme engodo, esta de forma alguma fez campanha, sequer pediu votos, não subiu em palanque promovendo uma candidatura, ninguém viu material de campanha ou músicas demonstrando a intenção verdadeira de disputar as eleições, tendo a mesma obtido também 2 votos.

 

Zé Mário anunciou recentemente no blog Paraibano News, uma eventual pré-candidatura a deputado estadual pelo PDT, mas, este teria condições legais de concorrer em 2018? De acordo com a lei da ficha limpa não.

O impedimento imposto pela justiça eleitoral em 2016, não vale para 2018? De acordo com a lei da ficha limpa vale sim!

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que candidatos a prefeito que tiveram contas rejeitadas somente pelos tribunais de Contas estaduais podem concorrer às eleições. De acordo com o entendimento firmado pela Corte, os candidatos só podem ser barrados pela Lei da Ficha Limpa se tiverem as contas reprovadas pelas câmaras municipais. O ministro Gilmar Mendes entendeu que a palavra final é da Câmara Municipal.

Então segundo este entendimento,  Zé Mário estaria impossibilitado de concorrer em 2018 a qualquer cargo eletivo, pois em 03 agosto de 2015, o mesmo teve as contas referentes ao exercício de 2005 reprovadas pela câmara municipal de São João dos Patos.

Então porque o Zé Mário lançaria uma pré-candidatura a deputado se este não pode concorrer?

Simples… Zé Mário é político profissional e sabe que precisa manter seu nome em evidência para está vivo e a única forma de se fazer isso é estando no cenário eleitoral, mesmo sabendo que em 2018 não estará apto a uma candidatura, mas, ao contrário de 2016, este não poderá levar a candidatura até uma data máxima e depois nomear a esposa ou um filho para uma substituição.

 

 

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